ROSA 186
Na pequena cidade, sob chuva a cair,
A crise castigava os seus moradores,
Mas eis que um milionário, em seus fulgores,
Chega ao hotel com dinheiro a reluzir.
A nota de cem euros faz partir
O ciclo de dívidas e de temores,
O dono do hotel, com seus credores,
Vai pagando a todos, sem resistir.
A prostituta, que também devia,
Corre em busca do seu pagamento,
E o hotel, enfim, recebe a quantia.
Assim, a cidade sai do aperto,
Sem ganhar um cêntimo em todo o momento,
Mas com confiança no futuro aberto.