A ESTRELA
Sereno, refulgia em maio, no horizonte,
O glorioso e esperado quinto alvorecer;
Plainando à brisa suave do amanhecer,
Veio aos primeiros raios sobre o monte.
Chegou do ventre à luz, evento outonal,
Quais garbos ipês em sublimes floradas
E fez do meu ser sua constante morada;
Ao júbilo do encontro meu riso triunfal.
Mas, veio da sombra um tempo fortuito,
De um acaso explorado o aceno gratuito
De tímidas pegadas em forma de pranto.
Depois, a saudade embalada em mantos
De púrpuras trevas e horrores, que tanto
Vedou-me os passos e impôs seu intuito.