AUTO RETRATO
Teresopolitano residente
da serra, dos seus ares, suas cores,
um homem simples feito toda gente,
em suas alegrias, suas dores…
Alguém que dorme, acorda normalmente,
a cada amanhecer, com seus lavores,
que sonha, que deseja simplesmente
deixar na sua trilha algumas flores.
Alguém que segue igual a todo alguém
na rua em movimento, ao vai e vem
das coisas, no constante transitar;
que vai vivendo todo o tempo assim,
dia após dia, até que o próprio fim
diga: "É hora de um poema te velar!"