Enquanto a chuva cai
No céu cinzento a tempestade avança,
E um pássaro aflito fica a voar,
Com asas trêmulas, sem esperança,
Procura um canto para se abrigar.
Batendo o bico na janela fria,
Ele implora ao vidro por um lar,
Fugindo das gotas, que o agonia,
Transformam o mundo num triste mar.
Seu pequenino corpo se estremece,
Enquanto a chuva cai, sem clemência,
Mas na janela, a esperança cresce,
E, ao vê-lo ali, meu coração se desvanece.
Abro a porta e, com paciência,
Dou-lhe um abrigo e assistência.
Seco suas penas com cuidado,
E ofereço um canto confortável.