Eternidade
No silêncio profundo da partida,
O corpo jaz em sombra, adormecido.
O sopro vital, em pranto despedido,
Deixa a matéria à sorte consumida.
Mas além do véu da morte temida,
O espírito renasce, redimido,
Em luz etérea, puro e renascido,
Encontra a paz na eternidade ungida.
Na escuridão se encerra uma jornada,
E outra se abre em brilho transcendente,
Na dança entre a vida e o nada.
Assim, o ciclo eterno se consente,
Da morte brota a vida restaurada,
O espírito se eleva, resplendente.