QUAL DIAPASÃO?
Declamarei aqui na segunda pessoa,
Posto seja você quem me faz arguir,
A esta voz que repetitivamente soa,
E me leva a mente longe do dormir.
Numa extensão na qual a alma voa,
Com tantos vis sons assim a produzir,
Que jaz o meu corpo na cama á toa,
E cadê a alma a ele querer se unir.
E o amor vira instrumento que destoa,
Transbordando a canção que só magoa,
Mas que literalmente me faz lhe ouvir.
Em meios aos gritos e tudo isso ecoa,
Quantas vezes ouvindo... Me perdoa?
Sem um diapasão para nos corrigir.