QUAL DIAPASÃO?

Declamarei aqui na segunda pessoa,

Posto seja você quem me faz arguir,

A esta voz que repetitivamente soa,

E me leva a mente longe do dormir.

Numa extensão na qual a alma voa,

Com tantos vis sons assim a produzir,

Que jaz o meu corpo na cama á toa,

E cadê a alma a ele querer se unir.

E o amor vira instrumento que destoa,

Transbordando a canção que só magoa,

Mas que literalmente me faz lhe ouvir.

Em meios aos gritos e tudo isso ecoa,

Quantas vezes ouvindo... Me perdoa?

Sem um diapasão para nos corrigir.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 01/07/2024
Código do texto: T8097364
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