POR ORGULHO

 

Então me dizes “não” asperamente! –

Porém teu corpo mostra-me que sim –,

Eu digo que te odeio; e, – indiferente.

Pareço; – que engano até mim...

 

E o meu olhar ao ver-te não te mente,

Lembrando teus abraços de cetim

A lágrima agora é lava ardente

Por que nenhum dos lados cede enfim...

 

Sou Eros. Tu, a doce Psique.

Sou sol; quero-te lua e mais um quê.

Buscas em mim ao menos algum brulho...

 

De amor e compreensão... Mas não procede,

Pois já que na vaidade ninguém cede

E assim perdemos muito por orgulho...

 

                                           08-09/01/08

  

 

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 09/01/2008
Código do texto: T809649
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