POR ORGULHO
Então me dizes “não” asperamente! –
Porém teu corpo mostra-me que sim –,
Eu digo que te odeio; e, – indiferente.
Pareço; – que engano até mim...
E o meu olhar ao ver-te não te mente,
Lembrando teus abraços de cetim
A lágrima agora é lava ardente
Por que nenhum dos lados cede enfim...
Sou Eros. Tu, a doce Psique.
Sou sol; quero-te lua e mais um quê.
Buscas em mim ao menos algum brulho...
De amor e compreensão... Mas não procede,
Pois já que na vaidade ninguém cede
E assim perdemos muito por orgulho...
08-09/01/08