São versos ermos de melancolia...
São versos ermos de melancolia,
Tocados pelos dedos da esperança,
Que urdi com os fios da nostalgia,
Olhando-te teceres vossa trança.
E pela noite escura eu lhe via,
Como a névoa no outeiro que avança,
Uma rosa alva na alma me trazia
Dos páramos silentes da lembrança.
Neste peito bate um coração ainda,
Por ti, que viste-me envolto em plangores,
Bate enquanto esta vida não se finda...
E como uma lua o céu clareasse,
Teu brilho como pétalas de flores
Senti quando tocaste a minha face...