LÁGRIMAS E DETERGENTE...
Nada dessa relação de gata e peixe,
Ela tão letal mesmo sem ser evidente,
Onde é rara a luz, e assim só o feixe,
Num dar e receber apenas deprimente.
Tolas lutas e brisas sem que se queixe,
Dando um ao outro o fim por iminente,
Mas largar do osso não há quem deixe,
É enxugar as lágrimas com detergente.
Um sofrer de amor mais que insistente,
No qual não flui o desejo transparente,
Mais sim risos e choros por desfecho.
Sem cura, vamos seguindo impacientes,
Na maior das dores que possa um doente,
Em sua loucura desconexa ao entrecho.