OCASO

OCASO

De repente, todos teus feitos

Tornam-se gravíssimos defeitos

E aquela tua vida intensa, plena

Um imenso e insolúvel problema!

A tua presença, antes festejada,

Agora é sobra, ausência desejada.

Tua idade que suscitaria sabedoria

É um estorvo para quem te amaria.

Tua solidão, envergonhada da luz

Que no cume da tua existência havia

Vê a vida apagando à espera da cruz

A cova te chama com fome, com euforia

Par encerrar o ciclo que tudo a nada reduz

E te mostrar que viver é singela utopia.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 27/06/2024
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