Nas asas do tempo a existência voa

e, leva as mágoas que a alma pranteia!

Mas, lá no infinito, a lua clareia

a poesia numa estrela boa!

 

Mesmo assim, a solidão é cadeia

no tempo onde a saudade se amontoa!

O ontem, no presente inda ressoa

e, n!alma a dor antiga inda ponteia!

 

Oh, poeta, que versos ousas criar?

Não sabes bem que a dor é singular,

e, na existência nos é proporcional?

 

Grava, então, toda a dor em poesia

pois, neste mundo, cheio de heresia,

se a vida é fugaz, a arte é imortal!

 

https://www.youtube.com/watch?v=P3ZyhUv7ynU

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 26/06/2024
Código do texto: T8094314
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