O FILHO PRÓDIGO
"Meu pai, eu quero ser feliz, andar ao léu,
sem temer nada nem ninguém de mundo a fora,
vagabundando dia e noite, a qualquer hora
revendo o sol ou mesmo a lua pelo céu".
O filho pródigo assumiu como troféu
o seu pecado e nisso cada vez vez piora;
foi às bolotas, mas voltou onde o pai mora,
se achando indigno de ser filho, fez-se réu.
"Tragam anéis e roupas finas ao meu filho!,
façam baquete de vitela ou de novilho"...
E se atirando ao seu pescoço o recebeu.
O primogênito ficou muito abalado...,
mas o pai disse: "o teu irmão foi encontrado,
foi-se perdido, estava morto e reviveu".
Boqueirão, 26/06/2024.