Gente humilde
Uma casa de palha e chão batido
Acolhia Veló, a lavadeira!
Mais velha que a idade verdadeira,
Mais nova que o filho e o marido.
Morava bem no topo da ladeira,
De onde todo dia ela descia ,
Com a trouxa de roupa,a bacia,
O anil, o sabão… mulher guerreira!
Hoje senti saudade da Veló!
Saudade que chegou a dar um nó,
Nesta minha garganta calejada.
Certos dias na vida a gente sente
Vontade de chorar por essa gente,
Que só na poesia tem morada.