CRISE DE PÂNICO
CRISE DE PÂNICO
Minha mente atormentada
É um generoso presente divino.
Sem saber de tudo quase nada,
Sigo fazendo o meu caminho.
Invento poesia, coisa ultrapassada
Para quem é só bocas e intestino.
Quando em desvario, a mente agoniada
Elaboro pensamentos de trato fino
Outras vezes no etéreo deságua
E nesse nada nasce o desespero
Ao destampar a panela de mágoa.
Sorvo em grandes goles, sem tempero
O pânico, o medo, o pavor, sem água
Todo veneno enquanto a cura espero.