O  DOM

 

 

Outra vez, assunto não há mentalizado,

Nem arcabouço que sirva como esboço

De um escrito anteriormente arquitetado.

De novo não sei se penso velho ou moço...

 

Corre outra vez o bendito palavreado

Por invisível ligação, incerta a origem,

Mas destino posto no papel pautado,

Na ordem dos raciocínios que a tinta tinge.

 

Mas não se vê o que, ou quem fez endereçado

A esta forma e hora, o nominativo endosso,

Vem pronto do indefinido ao interessado...

 

E assim, posto que vinha no vazio e em osso,

Sai o poeta no puro lucro declarado,

Mas não tratado. Só sei o dom, e agradeço...





José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 09/01/2008
Código do texto: T809376
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.