TRILHA DE SONETOS CXXXVII - DIÁLOGO COM A CANÇÃO "PLANETA AZUL"

*PLANETA AZUL*

Chitãozinho & Chororó

Oh-oh-oh

Oh-oh-oh

Oh-oh-oh

A vida e a natureza

Sempre à mercê da poluição

Se invertem as estações do ano

Faz calor no inverno e frio no verão

Os peixes morrendo nos rios

Estão se extinguindo espécies animais

E tudo que se planta colhe

O tempo retribui o mal que a gente faz

Onde a chuva caía quase todo o dia

Já não chove nada

O sol abrasador rachando o leito dos rios secos

Sem um pingo d'água

Quanto ao futuro inseguro

Será assim de norte a sul

A terra nua, semelhante à lua

O que será desse planeta azul?

O que será desse planeta azul?

O rio que desce as encostas

Já quase sem vida, parece que chora

Num triste lamento das águas

Ao ver devastada a fauna e a flora

É tempo de pensar no verde

Regar a semente que ainda não nasceu

Deixar em paz a Amazônia, preservar a vida

Estar de bem com Deus

Onde a chuva caía quase todo dia

Já não chove nada

O sol abrasador rachando o leito dos rios secos

Sem um pingo d'água

Quanto ao futuro inseguro

Será assim de norte a sul

A terra nua, semelhante à lua

O que será desse planeta azul?

O que será desse planeta azul?

Oh-oh-oh

Oh-oh-oh

Oh-oh-oh

Oh-oh-oh

Oh-oh-oh

Oh-oh-oh

Onde a chuva caía quase todo o dia

Já não chove nada (já não chove nada)

O sol abrasador rachando o leito dos rios secos

Sem um pingo d'água (secos, sem um pingo d'água)

Quanto ao futuro inseguro

Será assim de norte a sul

A terra nua, semelhante à lua

O que será desse planeta azul?

O que será desse planeta azul?

O que será desse planeta azul?

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*O HOMO INAPTO*

Variações, abruptas, pressentimos

No clima e no relevo do planeta...

O aquecimento do orbe não é treta

E, sem tomar as rédeas, assistimos:

Os ciclos sazonais que sempre vimos

Mantendo a coerência da ampulheta

Mudarem suas regras, por veneta,

Impondo-nos o mal que construímos.

Que o azul da Terra em verde se transforme...

Que a humanidade seja repensada,

Que deixe de existir, pois veio errada

Não enxergando o patrimônio enorme

Que a natureza, então, lhe contemplara...

Desperdiçando dádiva tão rara.

José Rodrigues Filho

*FENÔMENOS*

Há sempre um jeito de zelar por ela,

Liberto da tortura escafandrista,

Plantando, na conduta que revela,

Só flores, num pendor naturalista!

Inteiramente, na redonda tela,

A Natureza pulsa à humana vista,

No azul do mar... num campo de aquarela...

A natureza autônoma do Artista!

Diante dos fenômenos eternos,

Dos movimentos naturais, externos,

A Consciência Cósmica sublime

Que exprime a universal realidade,

Por uma Lei Maior da Divindade,

Responde ao ser na proporção do crime!

Ricardo Camacho

*O PRANTO DO MUNDO*

O rio serpenteia o seu lamento…

a humanidade insana e desumana

o faz chorar… Tão impotente, tento

amenizar a dor que o mal profana.

A mata, desmatada, diz ao vento

que é necessária a volta soberana

da sensatez provendo seu sustento…

(sucumbirá à gafe leviana?)

Espécie em extinção… se fauna e flora

tem grito amordaçado, não aflora…

Teremos, nesse caos, somente inverno?

O que foi feito à criação de Deus?

A criatura humana disse adeus

ao paraíso e, aqui, criou o inferno!

Elvira Drummond

*À MERCÊ DA INSENSATEZ*

Olhai, a natureza está doente,

respira com dificuldade e a cada

dia que passa, um foco de queimada

aumenta na floresta, em chama ardente!

O ciclo interrompido na florada,

o lixo acumulado, o poluente...

provocam intempéries, faz da gente

pessoas de vanguarda viciada.

O alerta vai ao ser enodoado,

que lucra com o crime vil, velado...

devora-lhe total estupidez.

O mundo chora e envia os seus sinais,

aos homens de almas pútridas, venais,

que vivem à mercê da insensatez.

Aila Brito

FÓRUM DO SONETO
Enviado por FÓRUM DO SONETO em 24/06/2024
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