Tango do Covil
Ai, quem me dera eu fosse um cantor,
Um Milton Nascimento, uma Elis…
Ouvir a multidão pedindo bis
Enquanto a luz do palco muda a cor.
Ai, quem me dera eu fosse um doutor
Formado, em Teresina, em medicina.
Encher a multidão de vitamina,
E ser avaliado com louvor.
Ai, quem me dera eu fosse um garçom
Encher a multidão de champignon
E ganhar dez porcento de gorjeta.
Ai, quem me dera eu fosse um Gardel
Tocar pra multidão, na torre Eifel:
Um Tango em Paris, numa punheta.