Carolina
Carolina, seu pranto raso e triste
Escoa, do seu Eu interior,
E leva, para os lábios, o sabor
Da dor, que no seu mundo ainda existe.
Carolina, que chora e que resiste
Aos golpes do punhal da solidão.
Não há como encontrar explicação,
Porque seu pranto raso é tão triste.
Mil vezes lhe pedi pra não chorar!
Mil vezes implorei pra ser seu par!
Mas você preferiu chorar sozinha.
Fiz até um soneto pra você,
Mas você preferiu ler o clichê,
Do poeta vulgar que lhe convinha.