SONETO DE CIDADE PEQUENA

Nas poucas casinhas tão separadas

As noivinhas sonham com seus amores

Cantando nos pomares as suas dores,

Ou alegrias tantas vezes preparadas.

Noutro lugar dessa cidade tão pequena

Um homem vive lento, forte e pensativo

Qual animal, não por acaso prestativo

Caminham juntos, vida doce sem dilema

E naquela janelinha um rosto atento

Procurando com um olhar tão curioso...

E nada enxerga a janela no momento

E na cidadezinha o dia tão silencioso,

O mexerico não surgiu, só pensamento...

Eita Deus! Que mundo tolo e caprichoso!