A súplica dos fracos
Existem palavras que a boca ao mundo empresta,
Que parecem, no momento, ao estranho um sentimento,
Cheio de sutilezas e aforismos, um pensamento,
Doentio e sem procedimentos, que a verdade molesta.
O fraco se entrega ao fracasso por sua mentira,
E se envolve em uma teia pegajosa dos sofistas,
Asfixiando a própria vida na lama dos puristas,
Quando a ética e a moral, do falar, de si retira.
Tão grande no falar e tão mesquinho no mentir,
Tanto disfarce no olhar, transborda de arrogância,
Numa ideia vazia, inconsistente, plena de implicância,
E a todos que alcança tem por propósito coagir,
E quando a verdade chega e lhe falta argumento,
O covarde não se culpa, não tem ressentimento.