Meu coração não é um mercenário
Meu coração não é um mercenário
Que, quando luta nas guerras do amor,
Pode mudar de lado – temerário
Visando sempre o lucro seu maior.
Ah, não! É um soldado patriota
Que luta por um mesmo amor eterno:
Quem, mesmo sobre a face da derrota,
Jamais se entrega, amando além do Inferno!
E, assim, do doce soldo de teus beijos
E do gentil recesso dos teus braços
Te juro, amada Pátria: eu não preciso!
Só quero ter o santo privilégio
De olhar para as bandeiras de teus traços
Ao som dos pátrios hinos de teus risos!