"A CARNE É FRACA"

O meu coração parado ainda deseja

O tum, tum do coração que lhe traiu.

A boca que antes me beijou, sorriu,

Minha boca sorrindo sonha que beija.

E a mão que a minha alma apedreja

É a mesma mão que me dava afago.

De boa ventura, hoje, o amor aziago

De uma mulher artificiosa, andeja…

Saía ao encontro de um chichisbéu,

Ela cobiçosa se abriu, rasgou o véu,

Pra ele, do amor que nos mantinha.

Vem sem graça, diz: A carne é fraca,

Mas a primeira pedra quem me taca?

Errei, traí! Perdoa essa mulher cainha!

Jurandir Silva
Enviado por Jurandir Silva em 21/06/2024
Reeditado em 28/06/2024
Código do texto: T8090815
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