SONETOS DA DESPEDIDA ( PARTE 6).

Canto a dor que move as palavras

no âmago do poeta, que o faz sentir

como se fosse verdade, quando

nada passa de ilusões perdidas.

Canto a beleza que em um final

de tarde desfila diante de seus olhos

moribundos, desejando a alvura da pele

tão inalcançável quanto proibida.

A beleza estava vestida da luz poente

no momento em que vislumbrou o

moribundo poeta em sua torre alta.

Um aceno discreto, sua despedida

e seu discreto sorriso, um adeus

sem inocência, a beleza se foi com o vento.

Tiago Macedo Pena e Alberto A. Lispector.
Enviado por Tiago Macedo Pena em 20/06/2024
Reeditado em 20/06/2024
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