SONETOS DA DESPEDIDA ( PARTE 6).
Canto a dor que move as palavras
no âmago do poeta, que o faz sentir
como se fosse verdade, quando
nada passa de ilusões perdidas.
Canto a beleza que em um final
de tarde desfila diante de seus olhos
moribundos, desejando a alvura da pele
tão inalcançável quanto proibida.
A beleza estava vestida da luz poente
no momento em que vislumbrou o
moribundo poeta em sua torre alta.
Um aceno discreto, sua despedida
e seu discreto sorriso, um adeus
sem inocência, a beleza se foi com o vento.