ROSA 146

Talvez eu tenha paz e sossego em algum momento,

quando a morte, minha vida, vier reclamar

ou talvez não, caso Deus não queira, minha alma salvar,

então entrarei no eterno juízo de sofrimento.

Em minha vida sopram vendavais a todo tempo,

e os demônios sempre em meus ouvidos, a cantar,

maledicências de outros, um eterno lamentar,

estou em um redemoinho de tenebrosos ventos.

Enquanto seguro o mundo, erês comem minha carne,

vilipendiado, me vejo em situação de escárnio,

quem se deita com porcos, farelos come.

Já se apaixonou a última letra do meu nome,

vontade de voar, fugir, refazer e voltar,

para aprender que é sempre morte amar.