À LUZ DE LAMPARINAS

Numa época recente e memorável, existiam

gestos simples e sinceros de romantismo.

Pouco tempo depois, não mais se repetiam.

Rapazes cortejando moças, com cavalheirismo.

Horas ao toucador, cuidando da beleza.

Damas alegremente fazem a "toilette".

Espelho refletindo muita singeleza.

Vão à "soirée", usando luvas e corpete.

Homens, com destreza, põem a gomalina.

Elogios apaixonados são feitos, puras sutilezas;

audaciosos galanteios são ditos em surdina...

Beijos roubados, bilhetes detrás das cortinas;

"ragtime", ramalhetes, pequenas surpresas.

É o amor ao som da vitrola, à luz de lamparinas.

Revisora textual, Consultora literária, Membro da Academia Virtual de Poetas da Língua Portuguesa (AVPLP) - Acadêmica Titular do Brasil e de Portugal; Membro efetivo da U.A.V.I (União de Autores Virtuais Independentes); Acadêmica Imortal da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL), Imortal Fundadora da Confraria Internacional de Literatura e Artes (CILA) e Acadêmica da Academia Biblioteca Mundial de Letras y Poesía (ABMLP)

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