Tanta história, tanto mar...
Guardei um lindo cravo na lapela,
Com cheiro de saudade e alegria,
Na cor da primavera que fazia,
Quando o primeiro cravo dei pra ela.
Jamais esquecerei aquele dia!
Um certo vinte e cinco de abril,
Quando cravo se deu para o fuzil
E o ódio se redeu à poesia.
Hoje que a Poesia conta história,
E que a luta enfim não foi inglória,
E o Tejo ainda corre para o mar...
Eu posso lhe contar, até que enfim:
Navego na lembrança que há em mim,
Pois nela aprendi a navegar.