Tanta história, tanto mar...

Guardei um lindo cravo na lapela,

Com cheiro de saudade e alegria,

Na cor da primavera que fazia,

Quando o primeiro cravo dei pra ela.

 

Jamais esquecerei aquele dia!

Um certo vinte e cinco de abril,

Quando cravo se deu para o fuzil

E o ódio se redeu à poesia.

 

Hoje que a Poesia conta história,

E que a luta enfim não foi inglória,

E o Tejo ainda corre para o mar...

 

Eu posso lhe contar, até que enfim:

Navego na lembrança que há em mim,

Pois nela aprendi a navegar.

 

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 19/06/2024
Reeditado em 24/06/2024
Código do texto: T8089003
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