Navego sem rumo

 

Navego solitária e sem rumo

Em águas calmas e turbulentas

Que flamejantes atormentam

Fulminam sem ter um prumo.

 

Ondas gigantes e enfurecidas

Rodopiam num laço traiçoeiro

O planar do barco sem timoneiro

Que flutua nas ondas e à deriva...

 

Caminho na floresta e sem guia

Tropeçando em vários percalços

Labutando para o bem da família.

 

O sopro dos ventos que atenuam

Com os pés no chão e descalços

Pairo num remanso e continuo...

 

 

Texto e imagem: Miriam Carmigan

Soneto-Vida