INDIFERENTE...
Indiferente, foi teu agir, para comigo!
O que será que terei feito de errado?..
Qual seria meu, irremediável, pecado?
Não, não queres tornar-te meu abrigo…
Guardas rancor ou sentimento amargo?
Caminhas em qual rumo, qual direção?
Estaria eu a caminhar na contramão?
Por que, em ti, há tamanho desagrado?
Angustiado, convivo co’este agravo!
Me vão sendo sepultados os afetos…
Tornam-se, pois, os sonhos incertos…
Cheia de amargor vai, a minha vida…
Pr'este marasmo não encontro a saída…
Será qu'eu m'envolvi por mero acaso?
Carlos Silva
Pedro Avelino/RN - 18/062024.