NA SAUDADE SE ARRASTA

Os versos que no versejar te beijo

É dura solidão que ali se esconde

Um aperto que a dor corresponde

Do carecer meu, de arfante desejo

Como importa saber como e onde

Caminha o teu coração, relampejo

Minh’alma, e o nosso suspirar vejo

A ilusão, a tortura, o sonho, donde

Vem a sensação do vinho já vertido

Que corre na agonia, tão traiçoeira

Embebedando o sentimento sofrido

Vem da nostalgia, de uma sede casta

Da afeição, e de uma emoção inteira

Ardente, que na saudade se arrasta.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

18 junho 2024, 17’31” – Araguari, MG

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

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Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 18/06/2024
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