O  SONETO  E  A  LIRA

 

 

O soneto e a lira sempre foram soma.

 

A lira nascida, tocava e plangia,

 

E o soneto com métrica, rimas, tônicas,

 

Sentia a lira, a ouvia e absorvia a melancolia...

 

 

Porém o soneto, harmonia em artes fônicas,

 

Do destino que traçou, a si escolheria.

 

Famosa, a lira, com aptidão sinfônica

 

Forte em viço, mudar-se não caberia.

 

 

E o som da lira, do triste gera a calma,

 

Introversão que se cria, e medita notas,

 

No encordoamento que fabrica sons à alma.

 

 

E o soneto fez-se alado, e treinando asas,

 

Criou-se a voar e a revoar com o assunto à palma,

 

Seus versos,  botões...  cordas da lira, as casas...

 

 

 

 

José Carlos De Gonzalez
Enviado por José Carlos De Gonzalez em 08/01/2008
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