RUPESTRE

RUPESTRE

Os campos que s'estendem nas vertentes,

Em meio a madrugadas nevoentas,

Nos levam por estradas poeirentas

Para além d'horizontes esplendentes!

Reparo as culminâncias adjacentes,

Ao perscrutar das nuvens as tormentas,

Mas cuido de evitar-me peçonhentas:

Um olho no céu e outro nas serpentes…

Participo ao presente: “Estou aqui”.

E me alegro de quanto vejo e vi,

Certo que tu, Gerais, quem me motivas.

— “Quão belos são os campos do Senhor?!” —

Eu contemplo a beleza ao meu redor:

Cactos, canelas-d’ema, sempre-vivas…

Lapinha da Serra - 15 06 2024