POESIA ARTIFICIAL
Vou confessando logo de início.
O soneto que aqui agora faço,
Seja um sucesso ou um fracasso,
Será feito através de um artifício.
Assim: Não farei qualquer sacrifício,
Apenas finjo que penso, disfarço.
Minha mão não esboça nenhum traço,
Ação natural neste nosso ofício.
Quero ver como se sai essa tal
De inteligência artificial,
Que agora todo mundo está falando.
Do resultado sigo duvidando,
Mas vou acompanhando passo a passo,
Com lápis e um papel cheio de espaço.