A Mãe

Sentada na cadeira de balanço,

Sorria acarinhando o céu querido,

Cantava para o amor recém-nascido,

No seio alimentando o sonho manso.

Seus olhos pareciam com remanso,

Por ver concretizado o seu pedido.

Beijando o seu presente enfim parido,

Podia desfrutar do bom descanso.

Parentes e vizinhos imploravam,

Tentavam desfazer as fantasias,

Choravam lamentando o que notavam.

O pai já não vencia as agonias,

Pensando nos tormentos que jorravam.

O filho estava morto há cinco dias...