ROSA 129
Meu perdão a ti nunca esteve condicionado.
Tenho senso livre, embora coração preso.
Queria sentir por ti algum desprezo,
Então sabes, não é o ódio que tenho alimentado.
Outro sentimento maldito me tem atormentado,
Será o amor que ainda está no peito aceso?
Ou paixão que me esmaga com potente peso?
Te culpar não posso por este pecado.
Só quero saber se por mim tiveste amor,
Ou fui apenas um entreposto no seu caminho?
Se queres voltar, embora seja só meu todo carinho.
Quantas vezes fui gotas de orvalho na tua flor,
A abelha sedenta pelo néctar, a beijar teu carpelo.
Agora meus olhos são rios em apelo.