Só no mar.

A garrafa, a qual lancei aos teus olhos...

Encontraram-na, singrando em nosso mar

Nalgum paraíso, assim, Abrolhos

Boiando cansada de tanto amar.

Todo amor de nossos imbróglios

Foi requisitado num simples olhar.

Mas, a paixão de nossos espólios

Faz tudo dificil de acreditar.

Da caverna vejo o mar revolto

No gelo de tua distância absurda,

De onde sinto todo mundo solto,

Enquanto tua neve me cai tão muda.

Busco o certo no pensamento torto

Do eco desta minha sorte surda.