Vagas insônias

Passam as horas mortas da noite,

E da janela vendo o tempo passar,

Carros velozes, mendigos, casais,

Luzernas dos navios em alto-mar.

Passam cães, gatos e morcegos,

Tão logo ouço gemidos além-mar,

Meus ouvidos vezes são sôfregos,

Envoltos ao véu à noite despertar.

Passam lembranças, as saudades,

Sinto o cheiro bom do meu lugar,

Diante do escuro e perplexidades...

Eu tento tocar o vento brisa-mar,

Sentidos aflorados, intensidades,

Nas vagas insônias do teu paladar.

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 13/06/2024
Reeditado em 13/06/2024
Código do texto: T8085348
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