GRITO SILENCIOSO

 

Em um mundo de trevas e desencanto,
Onde a infância é, sem piedade,
Ceifada, há um clamor (calamidade)
De vidas que se perdem sem encanto.

 

O sorriso inocente traz um manto
De dor, calado pela crueldade;
Prostituída, perde a hilaridade,

A infância na injustiça do quebranto.

 

Olhos que um dia viram a luz do amor,
Hoje são sombras de um terror constante,
Feridas de um abuso vil, atroz.

 

Ah! Quem me dera ser um trovador,
Gritar, aos quatro ventos, num instante,
Por justiça e por paz, alçando a voz.

 

Gurupá, Pará, Brasil, 13 de junho de 2024.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas
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