Sugada
O som da perversão é o suor de langue;
é raio clamando ação de toda morte,
gemido sem as lágrimas que acanhe;
é rir e nos beijar o braço forte.
A língua beija as costas que arranhe
a ter junto do amor de você, a sorte;
melhor que teu ardor, só o teu sangue:
o pescoço que perco a noção e o norte.
Laços que separam a minha febre
da corda da inocência partida,
guardam minha paixão que te quebre
a vida venenosa em sombra amiga.
Te quero no gozar macabro e célebre
vampirismo que morde como lebre.