Sem carinho, sem afeto

No bar onde eu guardo minhas dores

as dores de difíceis convivências

onde tenho do garçom a paciência

de ouvir-me lhe falar de ex amores.

Quantas vezes, à muitas , em vão, dei flores,

e desprezaram, insensíveis, minha carência

só uns tragos, de mim, têm complacência

penumbra e fumaça, minhas cores.

O bar é quem me inspira poesia,

num guardanapo a dor se irradia

versada sobre as que foram e as que não vêm.

A madrugada não é melhor companheira

pois e quem me oferece a saideira

e vou pra cama, a calçada, sem ninguém.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 13/06/2024
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