UMA VOZ DO SERTÃO

Quando eu ainda era criança,

bem perto de mim, um rei havia.

Trago isso bem na lembrança.

Gibão e ouro, com ele trazia.

Sua voz cantava os acontecidos:

alegrias e desventuras do Sertão.

Era um relato demasiado sentido,

com a beleza da viola e do bordão.

Meu coração, do peito dele, se afastou.

Tudo, para mim, se transformou.

Do chão voou e, no céu, se escondeu.

Meu lado esquerdo ainda hoje arde,

como o forte sol do meio da tarde.

Com duro golpe, meu ser se fendeu.

Revisora textual, Consultora literária, Membro da Academia Virtual de Poetas da Língua Portuguesa (AVPLP) - Acadêmica Titular do Brasil e de Portugal; Membro efetivo da U.A.V.I (União de Autores Virtuais Independentes); Acadêmica Imortal da Academia Mundial de Cultura e Literatura (AMCL), Imortal Fundadora da Confraria Internacional de Literatura e Artes (CILA) e Acadêmica da Academia Biblioteca Mundial de Letras y Poesía (ABMLP)

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Inspirado no poema "Aqui morava um rei" - Ariano Suassuna