COMEÇO DO FIM

COMEÇO DO FIM

Quando a noite vem de mansinho

E o dia parece incerto e distante

Quando falseia o aconchego do ninho

O amor que arrefece já foi rompante

Os anos dobram os ombros

Encurta a mente dos olhos

Vê-se no passado os escombros

Ante as portas cerradas com ferrolhos

O que mais se aproxima, iminente

Esmagando oeste, leste, sul e norte

Para alcançar o moribundo, o doente

É o inevitável desfecho da vida – a morte!

Que marcha altiva, impiedosa, inclemente

E nos ceifa com abrupto e afiado corte.

Poeta matemático
Enviado por Poeta matemático em 12/06/2024
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