Em vão
Em vão, foram lágrimas derramadas,
Naquela tua partida inevitável.
Em vão, foram dias, noites, madrugadas,
Numa triste espera interminável.
Em vão, te procuro nas ruas e estradas,
Mas desisto dessa busca inviável.
Em vão, eu te procuro nas calçadas,
Mas creio que isto não seja razoável.
Em vão, te busco no meu pensamento,
E na penumbra não vejo teu rosto.
Para aumentar ainda mais meu desgosto
Sinto aumentar assim meu sofrimento.
Eu fico perplexo e paro sem ação,
Então concluo que te procuro em vão.
Recife, 12 de junho de 2024