Soneto de Vingança

Quanto ódio o coração de uma pessoa

Consegue reter sem desmoronar?

Quando esta vida resolve cantar

Um canto de injustiça que ressoa

Maldito é aquele que amaldiçoa?

O desejo de poder expurgar

Aquele que ao ódio veio acordar

Como Judas que com beijo atraiçoa

Quando tu errar os passos dessa dança

Sentirás o meu beijo de vingança

E o gosto da misericórdia morta

Hoje sinto o fel de minha impotência

Amanhã sentirás minha inclemência

Pois a árvore não esquece quem a corta