ESMAECIDO

Se não posso saciar a poesia, que clama

naquela viva sensação angelical e serena

ao leitor reter a atenção e emoção plena

igual o coração de quem ama, e chama

Que vale a pena atascar nesse panorama

sem afeto, sem ardor, sem qualquer pena

se na inspiração é essa ilusão que acena

versando, versando, e nela o mal derrama

E se a paixão a este sentimento me revela

se conquisto um olhar, e aquele doce amor

logo me vejo curvado ao sonho sem enlevo

É essa a quimera de tudo que eu escrevo

um suspiro cheio de sentir, e cheio de dor

esmaecido, e os versos aos pés da balela.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

11 junho 2024, 16’40” – Araguari, MG

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Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 11/06/2024
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