ROSA 118
Em um corpo avolumado e sofrido,
A jovem enfrentava o preconceito,
Da sociedade que, em maldoso feito,
Julgava sem compaixão, sem sentido.
Em segredo, um amor só conhecido,
Que nutria em seu peito tão desfeito,
Mas ouvia em sussurros, o preconceito,
Que nunca seria por ele cortejado.
Partiu-se o coração da pobre moça,
Que em sua tristeza se encolhia,
Diante da crueldade que a destroça.
Descobriu, por fim, a dura agonia,
Que seu amor podre, sem nenhuma força,
Era feito de mentira e hipocrisia.