ROSA 109
Já vivo em plena tormenta, inferno.
Diabo e demônios fustigam-me a vida.
Ácido e enxofre adormecem minha ferida.
Vulcão incandescente, em pleno inverno.
Curvado estou, já em tormento eterno.
Se caio ou levanto, a escuridão me castiga.
Pelo caminho, dor e solidão me fustiga.
Cá as trevas, prospecto tão moderno.
Tentando fugir para um vazio desconhecido.
Corvos sussurram um cântico de arrepio.
Pesadelos selados em podres jazidos.
Apenas um vagalume em trevas me guia.
Choro e lamentações apagam seu pavio.
Serpente, dragão, nada é como São Jorge faria.