Brincadeira

É um menino, este poeta atrevido

A compor risos coloridos de alegria

Sussurrando amores ao pé do ouvido

Para encantar com sua dócil nostalgia

Dança e canta sua boa ortografia

Como criança que imagina ter crescido

Finge escrever como se fosse conhecido

Abraça os versos como melhor companhia

Largue isso! Muita gente lhe dizia

E de teimoso mais ainda escrevia

Ia imitando o seu herói preferido

Pessoa, Anjos, Bandeira, Bilac ou Cecília

Cada dia um diferente era escolhido

Na brincadeira de fazer sua poesia.