SONETO DA DESPEDIDA.
É noite repleta de estrelas nuas onde
a luminosidade não faz a mínima
diferença, é a crença no absurdo
que move os meus sentimentos.
É dor alucinante cheia de incertezas
dentro das minhas entranhas
com tamanha e tão absurda força
que a sensação é de que vou morrer.
Embora a morte seja por diversas
vezes objeto de um desvairado desejo
que me tira o sono todas as noites.
Então escrevo versos como frase de lápides
insanas, por vezes, profanas em uma
espécie de despedida, um último adeus.