NECESSARIAMENTE
Em meus poemas tem que ter estrelas,
um som de chuva, musicalidade...
Ritmo. Rimas, eu não sei perdê-las
tem que ter sonho, silencio, saudade,
as várias faces da felicidade,
suas formas diversas de dizê-la,
e as coisas simples, que um só verso há de,
profunda e fielmente, descrevê-la.
Em meus poemas tem que ter um "Eu",
não o que chora, o que se perdeu,
mas o que sonha enquanto a chuva passa.
Um "Eu" que em verso seu caminho traça
numa nuvem de sonhos que esvoaça,
o “Eu” que nem sempre é melhor "Eu".