SEM ASAS

Não sei por que em teu olhar, um dia,

fui mergulhar de corpo, alma e mente...

Ah! mergulhei, mas tão profundamente

num mundo – em sonhos – que não conhecia.

E quando voltei à superfície, havia

medo... incertezas, bem a minha frente...

E o teu olhar, de mim, indiferente,

quanto mais o buscava, mais fugia.

Agora sou um pássaro que foi solto,

mas lhe cortaram as asas, e, tristonho,

contempla o céu, mas não pode voar...

Um náufrago triste em um mar revolto...

Também cortaste as asas do meu sonho,

quando negaste a mim o teu olhar.

Claudeciano Ferreira
Enviado por Claudeciano Ferreira em 06/06/2024
Código do texto: T8080024
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